Alterações na marcha
A marcha infantil refere-se ao modo como a criança anda, envolvendo coordenação motora, força muscular, articulações, ossos, nervos e equilíbrio. Observar a marcha é fundamental para identificar sinais de desenvolvimento atípico. Entre as alterações mais comuns estão:
- Marcha na ponta dos pés: quando a criança continua caminhando na ponta dos pés após os 2-3 anos;
- Marcha em tesoura: cruzamento das pernas ao caminhar;
- Passos arrastados, rígidos ou desajeitados: dificuldade para coordenar os movimentos;
- Assimetria nos membros: um lado do corpo ou dos passos diferente do outro;
Dores ou limitações funcionais: que podem indicar problemas musculares, ósseos ou articulares.
Diagnóstico
Muitos pais percebem essas alterações com preocupação, especialmente quando a criança tropeça com frequência ou apresenta dificuldade de equilíbrio. Entender o que é normal e o que merece atenção ajuda a agir de forma precoce e segura, garantindo saúde e bem-estar durante o crescimento.
A avaliação ortopédica é recomendada quando surgem sinais de alerta como:
- Marcha persistente na ponta dos pés;
- Marcha em tesoura ou em agachamento;
- Passos arrastados, rígidos ou desajeitados;
- Dor, dificuldade de equilíbrio ou limitação funcional;
Alterações nos joelhos, pés ou coluna (como joelhos em X, pés chatos ou pernas arqueadas).
O diagnóstico é feito pelo ortopedista pediátrico, que observa a marcha, avalia força muscular, alinhamento ósseo e, se necessário, solicita exames complementares, como radiografias ou estudo da marcha.
O tratamento depende da causa da alteração e pode incluir:
- Fisioterapia: exercícios de fortalecimento, alongamento e estímulo motor;
- Órteses e gessos seriados: dispositivos que auxiliam na correção de desvios;
- Cirurgias corretivas: em casos de alterações graves ou persistentes.
Cada intervenção é planejada de forma individualizada, considerando idade, desenvolvimento e necessidades da criança. A duração e o acompanhamento variam conforme o tratamento, mas o objetivo é sempre melhorar marcha, equilíbrio, postura e funcionalidade.
Na prática, os pais devem:
Antes da consulta: observe a marcha da criança, registre situações do dia a dia e, se possível, grave vídeos;
Durante o tratamento: siga as orientações do especialista, participe ativamente dos exercícios e use corretamente os dispositivos recomendados;
Após o tratamento: mantenha acompanhamento periódico para ajustar condutas e monitorar o desenvolvimento motor, garantindo resultados duradouros.
Cada criança se desenvolve de forma única. Pequenas diferenças na marcha podem ser normais, mas alterações persistentes, progressivas ou associadas a dor e limitação funcional merecem atenção especializada. Buscar avaliação com um ortopedista pediátrico é o primeiro passo para oferecer segurança, confiança e qualidade de vida durante o crescimento da criança.
