Lesões esportivas
Lesões esportivas em crianças englobam traumas agudos e problemas causados por esforços repetitivos que afetam ossos, músculos, ligamentos e articulações. Entre as mais comuns estão contusões, entorses, fraturas, tendinites e bursites. Devido à estrutura óssea imatura, cartilagens de crescimento e maior elasticidade dos tecidos, as crianças têm maior vulnerabilidade a lesões, especialmente durante a prática de esportes ou atividades físicas intensas. Os joelhos, tornozelos e coluna são áreas frequentemente afetadas, e alterações na postura ou sobrecarga articular aumentam o risco.
Diagnóstico
O diagnóstico é realizado por um ortopedista pediátrico por meio de avaliação clínica detalhada, histórico da criança, exame físico e, se necessário, exames de imagem. É indicado procurar avaliação médica quando houver:
- Dor persistente durante ou após a prática esportiva.
- Inchaço, hematomas ou calor local.
- Limitação de movimento ou dificuldade em sustentar peso.
Alterações na postura ou marcha, quedas frequentes ou desconforto durante atividades.
 
															As lesões podem ser classificadas em:
- Agudas: Resultam de traumas repentinos, como quedas, choques ou pancadas (contusões, entorses, fraturas).
- Por uso excessivo: Causadas por movimentos repetitivos e sobrecarga, incluindo tendinites, bursites e alterações posturais (joelho valgo, hiperlordose).
Fatores de risco incluem estrutura óssea em desenvolvimento, sobrecarga articular, má postura, calçado inadequado e aumento da prática esportiva sem orientação.
Orientações práticas para o paciente e família:
- Alívio imediato: Aplicação de gelo ou calor, repouso relativo e elevação do membro lesionado.
- Imobilização: Uso de órteses, talas ou suportes indicados pelo médico para proteger a articulação ou os ossos afetados.
- Fisioterapia: Exercícios controlados de alongamento e fortalecimento para recuperar função, estabilidade e prevenir novas lesões.
- Retorno seguro ao esporte: Sempre orientado pelo ortopedista pediátrico e equipe multidisciplinar, com progressão gradual das atividades.
- Prevenção contínua: Uso de calçados adequados, acompanhamento nutricional, exercícios de fortalecimento, alongamento regular e atenção à postura.
- Monitoramento: Consultas periódicas são essenciais para acompanhar o desenvolvimento ósseo e muscular da criança, identificar alterações precoces e ajustar estratégias de prevenção e tratamento.
O acompanhamento pelo ortopedista pediátrico garante que o tratamento seja seguro, minimiza o risco de sequelas e permite que a criança retome suas atividades esportivas de forma saudável e segura, respeitando o ritmo de crescimento e desenvolvimento físico.
