Marcha na ponta dos pés ou “Marcha em equino”
Marcha na ponta dos pés ou “Marcha em equino”
A marcha na ponta dos pés, também conhecida como marcha em equino idiopática, refere-se ao hábito de andar na ponta dos pés em crianças com mais de 2 anos de idade, e sem causas neurológicas associadas.
Tratamento
Existem algumas opções de tratamento para a marcha na ponta dos pés, e a sua indicação deve ser realizada exclusivamente pelo ortopedista, após uma avaliação clinica completa, e a depender do grau de encurtamento da musculatura da panturrilha. Entre as opções de tratamento conservador (sem cirurgia), ainda não temos estudos suficientes que confirmem a superioridade de um tratamento sobre o outro. A melhor conduta deve ser discutida e decidia entre o médico e os familiares.
• Acompanhamento
• Fisioterapia
• Palmilhas neurosenroiais
• Uso de Órteses Suropodálicas
• AFOs (Ankle-Foot Orthoses)
• Realização de gessos seriados
• Toxina botulínica + gessos
• Cirurgia alongamento tendão de Aquiles.
Quando é necessária a cirurgia de alongamento?
A cirurgia está bem indicada nos casos em que o paciente possui um encurtamento com contratura fixa do tríceps sural, popularmente conhecido como tendão de aquiles. Quando o tendão de aquiles está bastante encurtado, isto é 0 graus ou menos, ou quando a criança não consegue mais corrigir o andar, e/ou reclama de dor.
Estudos demostram que o alongamento na Zona III, tipo Hoke, quando comparado ao alongamento na Zona II, tipo Vulpius, para os pacientes com Marcha em Equino Idiopático, resulta em menor taxa de recidiva e resultados mais funcionais a medio e longo prazo.
Reabilitação.
O uso de gesso para o alongamento da panturrilha após a cirurgia ou os gessos seriados, deve ser mantido por algumas semanas. Lembrando que durante este tempo o paciente pode andar, mesmo com os gessos, tirando um pouco assim deste comando central ou reflexo que fazia a criança ficar na ponta dos pés e reaprendendo a andar da forma correta.
O reforço com gesso sintético ajuda o gesso a não quebrar durante esta fase.
Depois da retirada do gesso realiza-se o uso de órteses suropodálicas ou AFOs, pu então o uso de palmilhas neurosensoriais por alguns meses, sempre associada a uma boa fisioterapia para treino de marcha e alongamentos para uma boa recuperação.